As cartas de amor deveriam ser fechadas com a língua. Beijadas antes de ser enviadas. Sopradas, respiradas. O esforço do pulmão capturado pelo envelope, a letra tremendo como uma pálpebra. Não a coisa isenta, neutra, mas a espuma, a gentileza, a gripe, o contágio. Porque a saliva acalma o machucado. As cartas de amor deveriam ser abertas com os dentes.
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F. Carpinejar
F. Carpinejar
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