"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida
a minha face?”
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida
a minha face?”
Cecília Meireles
4 comentários:
Cecília realmente consegue atingir a alma em pêlo neste poema.
Bela lembrança.
Abraço.
Leo...
Cecília é tudo de bom e mais pouco...
e com vinho, melhor ainda..rss
obrigada
beijo
Ana...
Lindo talvez se perde quando não se sente no coração...paz.
Lindo mas talvez não consiga ver porque não sabe sentir no coração a vida...paz.
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