O teu perfume preso à minha roupa
é um lento veneno
nos dias sem ninguém –
longe de ti, o corpo não faz
senão enumerar as próprias feridas
(como a falésia conta
as embarcações perdidas nos gritos do mar);
e o rosto
espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.
Se me abraçares, não partas.
Maria do Rosário Pedreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário